Investigar
O caso Ao Man Long, ao que parece, será uma procissão que ainda está no adro. Já se sabia que, para além do processo em que o ex-secretário foi condenado, havia outras investigações em curso. A fortuna amealhada por aquele responsável, ao longo de vários anos, deixou um rasto aparentemente fácil de seguir, uma vez que o próprio Ao Man Long anotava, metodicamente, os contactos que fazia e as quantias que estavam em jogo, com detalhes mais do que suficientes para permitir identificar os intervenientes.
A revista "Macau Business", na sua última edição, levanta algumas pontas desse véu, adiantando pormenores de um relatório do Comissariado contra a Corrupção, onde se faz um levantamento minucioso das informações resultantes da investigação.
Pela leitura do que ali está escrito se pode concluir que o ex-governante nem sequer se preocupava em esconder as suas actividades à margem da lei. As notas citadas no relatório do Comissariado contra a Corrupção - e referidas no artigo da "Macau Business" - dão conta de projectos, valores, nomes de empresas, nomes de empresários e as "percentagens" cobradas.
Torna-se claro que, a partir de dado momento, Ao Man Long se sentiu de tal forma seguro e fora do alcance da Lei, que nem se preocupou com o facto de estar a assinar uma autêntica confissão, em cada apontamento que tomava.
O poder tem destas coisas, quando sobe à cabeça das pessoas. Felizmente que a sensação de impunidade de Ao Man Long não passou disso mesmo - uma mera sensação, desmentida pela realidade.
Paulo Reis
O caso Ao Man Long, ao que parece, será uma procissão que ainda está no adro. Já se sabia que, para além do processo em que o ex-secretário foi condenado, havia outras investigações em curso. A fortuna amealhada por aquele responsável, ao longo de vários anos, deixou um rasto aparentemente fácil de seguir, uma vez que o próprio Ao Man Long anotava, metodicamente, os contactos que fazia e as quantias que estavam em jogo, com detalhes mais do que suficientes para permitir identificar os intervenientes.
A revista "Macau Business", na sua última edição, levanta algumas pontas desse véu, adiantando pormenores de um relatório do Comissariado contra a Corrupção, onde se faz um levantamento minucioso das informações resultantes da investigação.
Pela leitura do que ali está escrito se pode concluir que o ex-governante nem sequer se preocupava em esconder as suas actividades à margem da lei. As notas citadas no relatório do Comissariado contra a Corrupção - e referidas no artigo da "Macau Business" - dão conta de projectos, valores, nomes de empresas, nomes de empresários e as "percentagens" cobradas.
Torna-se claro que, a partir de dado momento, Ao Man Long se sentiu de tal forma seguro e fora do alcance da Lei, que nem se preocupou com o facto de estar a assinar uma autêntica confissão, em cada apontamento que tomava.
O poder tem destas coisas, quando sobe à cabeça das pessoas. Felizmente que a sensação de impunidade de Ao Man Long não passou disso mesmo - uma mera sensação, desmentida pela realidade.
Paulo Reis