Análises
Feitas as contas, por alto, já foram detectados mais de uma dezena de casos de crianças com cálculos renais, em Macau, depois de o escândalo do leite contaminado com melamina ter saltado para as primeiras páginas dos jornais.
A regularidade com que as notícias de novos casos vão aparecendo e o total de situações detectadas talvez justifique maior atenção e, quem sabe, um estudo mais detalhado deste assunto.
É certo que os casos referenciados não têm sido assinalados como graves, e a quase totalidade das crianças não necessitaram de internamento hospitalar. Mas numa contabilização provisória, tudo indica que o número de jovens afectados por este problema estará acima daquilo que é a média normal.
Obviamente que a causa principal destes resultados estará no consumo de leite adulterado com aquela substância tóxica, uma prática generalizada de algumas das principais empresas chinesas produtoras de leite. Mas não deixa de ser curioso que, aqui ao lado, em Hong Kong, os números tenham sido mais reduzidos, até agora, não obstante a enorme diferença em termos populacionais.
As explicações poderão ser várias. Consumiu-se menos leite das marcas contaminadas, no vizinho território, por exemplo, ou o âmbito das análises de detecção de eventuais problemas não foi tão amplo como aqui em Macau.
Para além das hipóteses, seria interessante ter algumas certezas. E saber se, de facto, as crianças locais terão sido mais afectadas do que as de Hong Kong. Em caso afirmativo, também seria útil a todos aprofundar as razões por que essa diferença se terá verificado.
Paulo Reis
Feitas as contas, por alto, já foram detectados mais de uma dezena de casos de crianças com cálculos renais, em Macau, depois de o escândalo do leite contaminado com melamina ter saltado para as primeiras páginas dos jornais.
A regularidade com que as notícias de novos casos vão aparecendo e o total de situações detectadas talvez justifique maior atenção e, quem sabe, um estudo mais detalhado deste assunto.
É certo que os casos referenciados não têm sido assinalados como graves, e a quase totalidade das crianças não necessitaram de internamento hospitalar. Mas numa contabilização provisória, tudo indica que o número de jovens afectados por este problema estará acima daquilo que é a média normal.
Obviamente que a causa principal destes resultados estará no consumo de leite adulterado com aquela substância tóxica, uma prática generalizada de algumas das principais empresas chinesas produtoras de leite. Mas não deixa de ser curioso que, aqui ao lado, em Hong Kong, os números tenham sido mais reduzidos, até agora, não obstante a enorme diferença em termos populacionais.
As explicações poderão ser várias. Consumiu-se menos leite das marcas contaminadas, no vizinho território, por exemplo, ou o âmbito das análises de detecção de eventuais problemas não foi tão amplo como aqui em Macau.
Para além das hipóteses, seria interessante ter algumas certezas. E saber se, de facto, as crianças locais terão sido mais afectadas do que as de Hong Kong. Em caso afirmativo, também seria útil a todos aprofundar as razões por que essa diferença se terá verificado.
Paulo Reis