O parente rico e o parente pobre
É um clássico anual: são poucos os deputados que se mostram preocupados com a área da cultura. Já o turismo, essa fonte (quase) inesgotável de receitas, é tema abordado por muitos. Para ambas as áreas, Chui Sai On assegurou o seu empenho.
Isabel Castro
Ng Kuok Cheong não consegue perceber os critérios do Governo em relação à preservação do património cultural. Depois do “exemplo fabuloso do Farol da Guia”, o assunto da actualidade é a demolição do bairro militar de Mong Ha. “Tinha 125 anos. Onde está a salvaguarda do património histórico?”, quis saber, desvalorizando as justificações dadas pelo Instituto Cultural para a não classificação do conjunto na lista patrimonial do território.
O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura defendeu-se com “a dificuldade na conjugação entre desenvolvimento e preservação de património”. Sublinhou que desde 2005 muito tem sido feito e deu o exemplo da Casa Azul: não estava classificada nem incluída na “zona de preservação”. “Pedimos a peritos internacionais e recolhemos informações. Os peritos têm a sua posição mas também temos que ouvir a opinião da população”, argumentou.
Foi a vez de Au Kam San não conseguir perceber os critérios governamentais, mas em relação à forma como a população é ouvida. Recordou ao secretário que os residentes estão “mais sensíveis” e não têm faltado protestos, nem sempre tidos em consideração.
Ung Choi Kun quis saber para quando a lei de salvaguarda do património cultural - ainda vai na segunda ronda de consultas disse Chui. Dos planos do Governo para 2009 faz parte a criação de um Conselho Consultivo das Indústrias Culturais. O deputado perguntou quais são os planos exactos para o sector. O secretário referiu que o conselho servirá para auscultar a sociedade, vai ser criado em breve e terá como função ajudar ao desenvolvimento das indústrias culturais. Ainda em matéria de cultura, o governante afirmou que a Casa do Mandarim vai abrir ao público no próximo ano.
Air Macau em mau estado
O Executivo tem vindo a defender a diversificação do turismo como forma de menor dependência do sector do jogo, mas há vários deputados que não vêm a tradução prática desta intenção e estão preocupados. Chui Sai On reiterou a sua dedicação nesta matéria – e as circunstâncias exigem que assim seja. “Há uma notória descida nos turistas com vistos individuais”, notou, voltando a apontar a indústria de convenções e exposições como solução para atrair outro tipo de visitantes.
Em Setembro e Outubro o número de turistas diminuiu, mas o secretário acredita que o ano acabará com 30 milhões de visitantes – número onde se incluem os trabalhadores não residentes. “Vamos introduzir um mecanismo diferente de cálculo que reflicta um número puro”, disse.
Há deputados apreensivos com a diversificação das rotas do Aeroporto Internacional de Macau e com a companhia de bandeira do território. Chui Sai On disse que “a Air Macau está a ter muitas dificuldades para continuar”, sendo que anunciou em seguida que o Governo está a estudar a possibilidade de aumentar as rotas entre o terminal marítimo do Porto Exterior e o aeroporto de Hong Kong, de forma a facilitar a vinda de turistas de diferentes origens.
É um clássico anual: são poucos os deputados que se mostram preocupados com a área da cultura. Já o turismo, essa fonte (quase) inesgotável de receitas, é tema abordado por muitos. Para ambas as áreas, Chui Sai On assegurou o seu empenho.
Isabel Castro
Ng Kuok Cheong não consegue perceber os critérios do Governo em relação à preservação do património cultural. Depois do “exemplo fabuloso do Farol da Guia”, o assunto da actualidade é a demolição do bairro militar de Mong Ha. “Tinha 125 anos. Onde está a salvaguarda do património histórico?”, quis saber, desvalorizando as justificações dadas pelo Instituto Cultural para a não classificação do conjunto na lista patrimonial do território.
O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura defendeu-se com “a dificuldade na conjugação entre desenvolvimento e preservação de património”. Sublinhou que desde 2005 muito tem sido feito e deu o exemplo da Casa Azul: não estava classificada nem incluída na “zona de preservação”. “Pedimos a peritos internacionais e recolhemos informações. Os peritos têm a sua posição mas também temos que ouvir a opinião da população”, argumentou.
Foi a vez de Au Kam San não conseguir perceber os critérios governamentais, mas em relação à forma como a população é ouvida. Recordou ao secretário que os residentes estão “mais sensíveis” e não têm faltado protestos, nem sempre tidos em consideração.
Ung Choi Kun quis saber para quando a lei de salvaguarda do património cultural - ainda vai na segunda ronda de consultas disse Chui. Dos planos do Governo para 2009 faz parte a criação de um Conselho Consultivo das Indústrias Culturais. O deputado perguntou quais são os planos exactos para o sector. O secretário referiu que o conselho servirá para auscultar a sociedade, vai ser criado em breve e terá como função ajudar ao desenvolvimento das indústrias culturais. Ainda em matéria de cultura, o governante afirmou que a Casa do Mandarim vai abrir ao público no próximo ano.
Air Macau em mau estado
O Executivo tem vindo a defender a diversificação do turismo como forma de menor dependência do sector do jogo, mas há vários deputados que não vêm a tradução prática desta intenção e estão preocupados. Chui Sai On reiterou a sua dedicação nesta matéria – e as circunstâncias exigem que assim seja. “Há uma notória descida nos turistas com vistos individuais”, notou, voltando a apontar a indústria de convenções e exposições como solução para atrair outro tipo de visitantes.
Em Setembro e Outubro o número de turistas diminuiu, mas o secretário acredita que o ano acabará com 30 milhões de visitantes – número onde se incluem os trabalhadores não residentes. “Vamos introduzir um mecanismo diferente de cálculo que reflicta um número puro”, disse.
Há deputados apreensivos com a diversificação das rotas do Aeroporto Internacional de Macau e com a companhia de bandeira do território. Chui Sai On disse que “a Air Macau está a ter muitas dificuldades para continuar”, sendo que anunciou em seguida que o Governo está a estudar a possibilidade de aumentar as rotas entre o terminal marítimo do Porto Exterior e o aeroporto de Hong Kong, de forma a facilitar a vinda de turistas de diferentes origens.