11.25.2008

Alternativa passa pelo aumento da produção local

CEM defende aposta nas centrais de gás

A Companhia de Electricidade de Macau (CEM), participada da EDP, defendeu ontem o aumento da capacidade produtiva de energia no território e a diversificação das fontes energéticas locais, numa resposta à reforma no sector proposta pelo Executivo.
Franklim Willemyns, presidente da Comissão Executiva da CEM, salientou que o futuro da estrutura de energia do território não passa pela dependência do exterior, mas pelo aumento da capacidade local e a diversificação das fontes.
Acrescentou que “não é garantida” a diminuição do custo de energia para o consumidor final concentrando o fornecimento numa fonte continental chinesa e em pequenos produtores locais.
A CEM, que tem um contrato de produção e distribuição exclusiva até 2010, defende que o fornecimento de energia ao território, actualmente dependente em cerca de 70 por cento do continente chinês, deve estar centrado na produção local com gás natural.
O mesmo responsável disse que se deve apostar nas energias renováveis, que estudos sobre eólicas apontam proporcionar uma capacidade de 1 a 1,5 MW em terra e 20 MW no mar, e na importação a partir do continente chinês, estabelecendo um contrato de longa duração com a Guangdong Power Grid que permitirá à empresa chinesa dimensionar as suas necessidades para fornecer energia a Macau.
Franklim Willemyns explicou que a capacidade produtiva de Macau pode ser aumentada com centrais de gás de alta eficiência e “limpas”, projecto que dará “maior capacidade negocial com a China na importação de energia” e que “não necessita de qualquer reclamação de terreno para a instalação já que existem infra-estruturas na ilha Coloane”.
Com as novas centrais podem ser reduzidas as emissões de dióxido de carbono em 40 por cento, lembrou, para salientar o contributo na protecção ambiental a que Macau se comprometeu na adesão ao protocolo de Quioto.
Por outro lado, as centrais a gás permitem produzir energia a 0,65 patacas (cerca de 6 cêntimos de euro) por cada kW, preços altamente competitivos face aos custos da importação de 0,79 patacas (oito cêntimos de euro) no período diurno e de cerca de 0,55 patacas (5,5 cêntimos de euro) durante a noite, tendo em consideração o aumento de 10 por cento que a empresa chinesa quer aplicar.
Franklim Willemyns defendeu ainda que “não há espaço para erros” e que qualquer reforma no sistema de fornecimento de energia em Macau deve ter em conta a “dimensão do mercado” e os “custos de regulação” caso se avance para a separação dos vários negócios da produção à distribuição.
Instado a comentar a possibilidade de exploração da energia solar, Franklim Willemyns disse ser uma alternativa em estudo, mas apresentou custos de instalação como dificuldade de implantação.
O Executivo de Macau lançou uma consulta pública para uma liberalização parcial do fornecimento de energia em Macau que prevê a redução dos lucros fixos disponíveis para o distribuidor.

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