Do espaço social à responsabilidade política
Não há que temer: a viragem de uma nova página na vida política de Macau não significa que a comunidade macaense tenha menos espaço social e cultural. Bem antes pelo contrário. Os filhos da terra têm margem para fazer mais, nomeadamente no que toca à assunção de responsabilidades na construção da RAEM, entende o deputado Leonel Alves.
Isabel Castro
Um “êxito”. É assim que o deputado Leonel Alves classifica a viagem de quase uma semana à China. A delegação macaense regressou no passado sábado a Macau, com certezas reafirmadas, explicou ao PONTO FINAL o também membro do Conselho Executivo da RAEM. E a primeira delas (que, no fundo, sintetiza todas as outras), é a de que o Governo Central presta “muita atenção” aos filhos desta terra. O mesmo fará o futuro responsável máximo pelo Executivo da RAEM.
Para o ano acontece o fim do primeiro grande período político de Macau enquanto região administrativa especial. Aos membros da delegação, foi transmitida uma garantia. “Independentemente da personalidade encontrada para ser o próximo Chefe do Executivo, a comunidade macaense terá sempre um papel activo para a construção de Macau”, explicou Leonel Alves.
Pelo contexto familiar, pela sua formação e actividade política antes de 1999, Edmund Ho inspirou sempre confiança à comunidade macaense, num período em que se viveram algumas incertezas em relação ao seu papel efectivo no território. Com a aproximação do fim deste ciclo político, houve quem tivesse voltado a sentir receios esquecidos há uma dezena de anos.
Leonel Alves recorda “as condições criadas pelo actual Chefe do Executivo para que a comunidade macaense tivesse o seu espaço próprio”, para vincar que a posição de Pequim só poderia ser no sentido da continuidade. Os encontros mantidos durante a passada semana com altos responsáveis do Governo Central serviram, assim, para reforçar certezas.
Para o líder da delegação macaense à China Continental, há vários pontos a salientar desta deslocação à capital, desde logo “o reforço da amizade dos dirigentes ao mais alto nível com a comunidade macaense”. O grupo foi recebido por Liu Yandong, membro do Conselho de Estado responsável pelo pelouro dos assuntos de Macau. Foi um encontro que durou mais de 90 minutos, descreve Alves. E que serviu, fundamentalmente, “para nos transmitir que a visita se revestiu de uma grande importância”.
Em primeiro lugar, porque foi a primeira vez que uma delegação com esta composição foi a Pequim com um convite endereçado pelo Conselho de Estado. Depois, por se tratar do primeiro encontro de Liu com a comunidade macaense desde que a responsável assumiu o pelouro dos assuntos de Macau. A conselheira quis fazer passar a mensagem de que o Governo Central presta muita atenção aos filhos da terra.
Para Leonel Alves, a delegação regressou a casa com a convicção de que foi reforçada a continuidade dos princípios “Macau governado pelas suas gentes” e o “Um país, dois sistemas”. E de que se manterá “o espaço sócio-cultural da comunidade macaense”. Mas há mais: recordando o novo ciclo político que aí vem, já no próximo ano, com as eleições para o Chefe do Executivo e para a Assembleia Legislativa, o deputado fala no “reforço da responsabilidade” dos macaenses, chamados que são a participar no futuro da RAEM.
A comunidade não se tem pautado pela participação política, exceptuando algumas personalidades (onde Leonel Alves se inclui, sendo o macaense com o mais alto cargo político da RAEM). Pelas palavras do membro do Conselho Executivo, presume-se que o Governo Central espera ou estará receptivo a uma maior intervenção dos macaenses na esfera política pública.
A viagem à China teve, além do vector político, uma componente histórica: a delegação visitou Xian, a cidade dos guerreiros de terracota, “algo que permitiu também ficarmos a conhecer melhor a História do país”, rematou Alves.
Não há que temer: a viragem de uma nova página na vida política de Macau não significa que a comunidade macaense tenha menos espaço social e cultural. Bem antes pelo contrário. Os filhos da terra têm margem para fazer mais, nomeadamente no que toca à assunção de responsabilidades na construção da RAEM, entende o deputado Leonel Alves.
Isabel Castro
Um “êxito”. É assim que o deputado Leonel Alves classifica a viagem de quase uma semana à China. A delegação macaense regressou no passado sábado a Macau, com certezas reafirmadas, explicou ao PONTO FINAL o também membro do Conselho Executivo da RAEM. E a primeira delas (que, no fundo, sintetiza todas as outras), é a de que o Governo Central presta “muita atenção” aos filhos desta terra. O mesmo fará o futuro responsável máximo pelo Executivo da RAEM.
Para o ano acontece o fim do primeiro grande período político de Macau enquanto região administrativa especial. Aos membros da delegação, foi transmitida uma garantia. “Independentemente da personalidade encontrada para ser o próximo Chefe do Executivo, a comunidade macaense terá sempre um papel activo para a construção de Macau”, explicou Leonel Alves.
Pelo contexto familiar, pela sua formação e actividade política antes de 1999, Edmund Ho inspirou sempre confiança à comunidade macaense, num período em que se viveram algumas incertezas em relação ao seu papel efectivo no território. Com a aproximação do fim deste ciclo político, houve quem tivesse voltado a sentir receios esquecidos há uma dezena de anos.
Leonel Alves recorda “as condições criadas pelo actual Chefe do Executivo para que a comunidade macaense tivesse o seu espaço próprio”, para vincar que a posição de Pequim só poderia ser no sentido da continuidade. Os encontros mantidos durante a passada semana com altos responsáveis do Governo Central serviram, assim, para reforçar certezas.
Para o líder da delegação macaense à China Continental, há vários pontos a salientar desta deslocação à capital, desde logo “o reforço da amizade dos dirigentes ao mais alto nível com a comunidade macaense”. O grupo foi recebido por Liu Yandong, membro do Conselho de Estado responsável pelo pelouro dos assuntos de Macau. Foi um encontro que durou mais de 90 minutos, descreve Alves. E que serviu, fundamentalmente, “para nos transmitir que a visita se revestiu de uma grande importância”.
Em primeiro lugar, porque foi a primeira vez que uma delegação com esta composição foi a Pequim com um convite endereçado pelo Conselho de Estado. Depois, por se tratar do primeiro encontro de Liu com a comunidade macaense desde que a responsável assumiu o pelouro dos assuntos de Macau. A conselheira quis fazer passar a mensagem de que o Governo Central presta muita atenção aos filhos da terra.
Para Leonel Alves, a delegação regressou a casa com a convicção de que foi reforçada a continuidade dos princípios “Macau governado pelas suas gentes” e o “Um país, dois sistemas”. E de que se manterá “o espaço sócio-cultural da comunidade macaense”. Mas há mais: recordando o novo ciclo político que aí vem, já no próximo ano, com as eleições para o Chefe do Executivo e para a Assembleia Legislativa, o deputado fala no “reforço da responsabilidade” dos macaenses, chamados que são a participar no futuro da RAEM.
A comunidade não se tem pautado pela participação política, exceptuando algumas personalidades (onde Leonel Alves se inclui, sendo o macaense com o mais alto cargo político da RAEM). Pelas palavras do membro do Conselho Executivo, presume-se que o Governo Central espera ou estará receptivo a uma maior intervenção dos macaenses na esfera política pública.
A viagem à China teve, além do vector político, uma componente histórica: a delegação visitou Xian, a cidade dos guerreiros de terracota, “algo que permitiu também ficarmos a conhecer melhor a História do país”, rematou Alves.