Investir
A revisão das carreiras do pessoal de enfermagem é uma peça importante numa área que tem revelado alguma dificuldade em acompanhar o crescimento do território. Construir edifícios e estradas sempre foi mais fácil do que formar pessoas e preparar técnicos.
Agora que o governo já tem a proposta de lei pronta, caberá à Assembleia Legislativa o passo seguinte. Regra geral, nos debates que versam matéria deste tipo, há sempre vozes de protesto, quando chega a altura de aprovar legislação que mexe em carreiras, salários e dinheiro.
Mas é importante que não se tenha uma visão meramente economicista em relação a estas questões. Investir em pessoas é uma aposta a longo prazo, cujos resultados não são tão visíveis como as pontes ou os edifícios dos casinos.
A tendência para se poupar, quando estão em causa os recursos humanos, acaba por sair mais cara ao próprio governo que, directa ou indirectamente, terá que suportar os custos financeiros e sociais dessa poupança.
Claro que o problema das carreiras específicas, na Administração Pública, é um pouco como as cerejas - pega-se numa e vêm três ou quatro atrás. Talvez porque se tem optado, ao longo dos últimos anos, por resolver problemas pontuais, sempre que as necessidades ou protestos a isso obrigam.
Encarar a Administração Pública como um elemento fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade implica dar condições atractivas para que os melhores optem por esta via profissional. E quanto melhores forem os funcionários públicos, todos nós ficamos melhor servidos.
Paulo Reis
A revisão das carreiras do pessoal de enfermagem é uma peça importante numa área que tem revelado alguma dificuldade em acompanhar o crescimento do território. Construir edifícios e estradas sempre foi mais fácil do que formar pessoas e preparar técnicos.
Agora que o governo já tem a proposta de lei pronta, caberá à Assembleia Legislativa o passo seguinte. Regra geral, nos debates que versam matéria deste tipo, há sempre vozes de protesto, quando chega a altura de aprovar legislação que mexe em carreiras, salários e dinheiro.
Mas é importante que não se tenha uma visão meramente economicista em relação a estas questões. Investir em pessoas é uma aposta a longo prazo, cujos resultados não são tão visíveis como as pontes ou os edifícios dos casinos.
A tendência para se poupar, quando estão em causa os recursos humanos, acaba por sair mais cara ao próprio governo que, directa ou indirectamente, terá que suportar os custos financeiros e sociais dessa poupança.
Claro que o problema das carreiras específicas, na Administração Pública, é um pouco como as cerejas - pega-se numa e vêm três ou quatro atrás. Talvez porque se tem optado, ao longo dos últimos anos, por resolver problemas pontuais, sempre que as necessidades ou protestos a isso obrigam.
Encarar a Administração Pública como um elemento fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade implica dar condições atractivas para que os melhores optem por esta via profissional. E quanto melhores forem os funcionários públicos, todos nós ficamos melhor servidos.
Paulo Reis